Nas estâncias de Bagé Gastei esporas, caronas Abri rastros nos serenos Em contrabandos e domas Guardei relinchos de potro Nas ilheiras da cordeona Sobra cavalo pra cantar este Rio Grande Largo a cabeça do meu verso pelo mouro Sou crina grossa, crioulo dos olhos d'água E peão campeiro da Estância Rincão dos Touros O Grujo velho, capataz há muito tempo Meio lunanco das tropadas que levou E mesmo assim segue bolcando a cada pealo Xucros e malos que o destino lhe entregou E mesmo assim segue bolcando a cada pealo Xucros e malos que o destino lhe entregou Na recolhida um Negrinho salta em pelo Numa gateada muy lerena e traiçoeira Se esconde a cara no sair do parapeito Já de vereda enreda a marca na soiteira A cachorrada, no movimento da encilha Faz uma festa de latidos esperando Que a indiada saia pra fazer um costadito Num desbocado que se arrasta corcoveando Que a indiada saia pra fazer um costadito Num desbocado que se arrasta corcoveando O Zaragoza, cria de allá do Uruguai Contrabandeou a própria vida para aqui Passando esporas nos velhacos das estâncias Bandeando potros nas cheias do Piray O Dom Felipe, vaqueano desta fronteira Bateu na marca pra o rumo da Serrilhada Poncho emalado, pingos de muda por diante Buscar uma tropa que hace tiempo foi comprada Poncho emalado, pingos de muda por diante Buscar uma tropa que hace tiempo foi comprada Rincão do Touros, esperança de á cavalo Na resistência, tranqueia de lombo duro É um contramestre segurando a linha reta Que a tradição vai alambrando pra o futuro Sobra cavalo pra cantar este Rio Grande Largo a cabeça do meu verso pêlo mouro Sou crina grossa, crioulo dos olhos d'àgua E peão campeiro da Estância Rincão dos Touros Sou crina grossa, crioulo dos olhos d'àgua E peão campeiro da Estância Rincão dos Touros Sou crina grossa, crioulo dos olhos d'àgua E peão campeiro da Estância Rincão dos Touros