A garoa esbranquiçada pinga na quincha do rancho Quando vislumbro no gancho lá do varal da ramada E dependurada a balança toda a tristeza que trago Nos goles do mate amargo que me alcança a madrugada Nos goles do mate amargo que me alcança a madrugada Os horizontes se perdem como nuvem de fumaça Sem ver o tempo que passa no pensamento conflito E os olhares perdidos vagueiam pela querência Como a busca a paciência nesse meu mate solito (Refrão) Pra quem mateia em silêncio o tempo volta pra trás E a lembrança se faz parceira muito a vontade O chimarrão é um palanque dos aporriados lamentos Que era um potro sentimento e hoje apenas saudade Que era um potro sentimento e hoje apenas saudade Se a primavera em setembro tem cheiro de campo e flor Um tempo de mais amor no rebrotar das paixões Quando o minuano assobia cada espaço vazio São frestas por onde o frio vem judiar dos corações São frestas por onde o frio vem judiar dos corações Na meditação campeira de um gauchesco ritual Onde o galpão é o altar que não tem luxo ou vaidade Como o amigo sincero que entende o que eu não digo O fogo chora comigo entre goles de saudade (Repete o Refrão)