Cabelos longos, olhares da chuva Caido nos ombros, de um corpo esguio Andar tão macio, colhendo pitangas A beira da sanga, de uma tarde de cio Mulher campesina, de rara beleza Tal qual natureza tão meiga e tão bela Tão cheia de vida e amor para dar E um matiz pra pintar um sonho aquarela (Refrão) Vem a noite tão clara, contemplando um romance E um céu de nuance, trás na lua o esplendor E o poeta cantor tem secura na guela Pra cantar só pra ela, nessa noite de amor (Repete o Refrão) O rancho é pequeno, nosso capre é macio Madrugada de cio vai parir nova aurora E os galos lá fora clarinando em compasso Dão ciência que o dia, trás luzeiros no facho A lide nos chama pra outros enleios Do catre aos arreios tem outros manejos Só mato os desejos na noite que segue, Pois a vida prossegue em ternuras e beijos (Repete o Refrão)